Cibercultura
- Eventos
- Apresentação
- Objetivos
- Investigadores
- Colóquio e Call for Papers - Dpartamento Comunicaçao e Arte, UNiversidade de Aveiro - 18 de Outubro 2017
- Special Issue (OBS*): As Formas Contemporâneas dos Conflitos e das Apostas Digitais
- Observatorio (OBS*) Special Issue "Circum-navegando as repercussões socio-mediáticas do contexto pandémico" (May 2021)
- Encontros entre os GT de Públicos e Audiências, Cibercultura e Género e Sexualidades: 17 de junho de 2021
- Encontros entre os GT de Públicos e Audiências, Cibercultura e Género e Sexualidades: 17 de junho de 2021
O GT de Cibercultura pretende focar os seus interesses de reflexão e debate sobre as reconfigurações socioculturais promovidas e refletidas pela inserção e pelos usos da tecnologia digital nas diferentes esferas do quotidiano. Considerando uma característica específica da contemporaneidade a ubiquidade dos artefactos tecnológicos e permanente acessibilidade/reutilizabilidade dos demais conteúdos online, dá-se um enfoque especial aos processos tecno-culturais que simbolizam a remediação dos saberes e das linguagens, assim como ao estatuto adquirido pelo conhecimento: as peculiares implicações da sua produção, transmissão e reprodução.
Entre tecnologia e cultura existe, desde sempre, um elo constitutivo e um encadeamento especular, mas as articulações entre as duas dimensões remetem constantemente para novos desafios societais e epistemológicos. Tal ecossistema infocomunicacional,reconfigurando-se, desafia continuamente a análise empírica, os métodos e a reflexão teórica numa convergência metadisciplinar. Nesse sentido, será importante comparar práticas culturais e valores sociais que permeiam e refletem as várias facetas da Cibercultura e dos seus múltiplos e diferentes atores.
Coordenador: Vania Baldi (UA)
Coordenador-adjunto: Cátia Ferreira (Universidade Católica Portuguesa)
Objetivos
- Estreitar laços de comunicação entre os membros do GT, através de comunicação regular sobre iniciativas de interesse para o GT.
- Concretizar Encontros do GT para além dos momentos ligados aos Congressos regulares da SOPCOM.
- Concretizar iniciativas de publicação em livros ou edições especiais, de preferência em editores ou revistas indexadas.
- Contribuir para o aprofundamento da massa crítica em torno da discussão dos tópicos objeto de reflexão, através a promoção de atividades que se cruzem com os interesses da comunidade.
- Projetar o trabalho do GT em termos nacionais e internacionais, através da divulgação das iniciativas e trabalhos realizados.
- Criação de uma rede de ligações de centros estrangeiros à página do GT, para, a partir dessa rede, tentar desenvolver interações de vária ordem.
Investigadores
- Vania Baldi [Responsável]
- Cátia Ferreira [Co-Responsável]
- Jorge Manuel Martins Rosa
- Lídia Oliveira
- Alexandra Fontes Mira da silva Machás
- Luís António Martins dos Santos
- Albertino José Ribeiro Gonçalves
- Cláudio Márcio Magalhães
- José Gabriel Andrade
- Jussara Borges de Lima Ribeiro
- Carla Ganito
- Daniel dos Santos Cardoso
- Pedro M. A. Rocha
- Mário Vairinhos
- Ana Melro
- António Alberto Castro Baía Reis
- Frederico de Carvalho Figueiredo
- Ana Cirne Paes de Barros
- Marina Gomes de Oliveira Polo
- Liliana de Jesus Baptista Gonçalves
- Frederico Franco Madeira da Fonseca
- Teresa Cardoso
- Catarina Patrício
- José Albuquerque
- Ana Margarida Castelo Baptista Coelho
- Milena do Socorro Oliveira Albuquerque
Colóquio e Call for Papers - Dpartamento Comunicaçao e Arte, UNiversidade de Aveiro - 18 de Outubro 2017
Targeting, Fake News e Ciberpopulismos: Entre Algoritmos e Cibercultura
Ainda que fazer manualmente uma operação tão simples quanto uma divisão envolva a aplicação de um algoritmo, nunca como nos tempos mais recentes a expressão foi tão usada.
Tal expressão já não remete apenas para as operações de raciocínio lógico, mas sempre mais para processos complexos de computação de grandes massas de dados, destinados a extrair todo o tipo de correlações.
Em concomitância com esta ascensão dos algoritmos, a outrora proclamada
sociedade da informação e do conhecimento parece estar a revelar-se uma
sociedade em que tudo é automaticamente registado e transfigurado pelo «targeting», paradoxalmente fragmentando-se em
redes isoladas e fanaticamente polarizadas entre si.
O recente debate sobre a pós-verdade confirma a emergência duma sociedade da
desinformação assente na «confirmation bias» e nas «echo chambers». A
desintermediação mostrou o seu avesso, a credulidade falaciosa.
A contemporânea vaga de populismos parece ter o seu embrião nesta dimensão cibercultural até há pouco ignorada, que agora ameaça pôr em causa o ideal emancipatório que nos foi prometido com o acesso ao mundo digital. Ou será também essa uma imagem da contemporaneidade que nos foi vendida?
Trata-se duma questão multidimensional, que abrange questões jornalísticas, epistémicas, estéticas, políticas, educacionais, sociotécnicas e ciberculturais, a que este colóquio procura dar resposta.O colóquio terá lugar no dia 18 de Outubro no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. As comunicações aí apresentadas (cujas propostas em formato abstract devem chegar até dia 16 de julho ao vbaldi@ua.pt e dedalus.jmmr@gmail.com), depois de sujeitas a um segundo processo de «peer reviewing», serão publicadas num número especial da revista OBS*: Observatório
Special Issue (OBS*): As Formas Contemporâneas dos Conflitos e das Apostas Digitais
http://obs.obercom.pt/index.php/obs/issue/view/65
Encontros entre os GT de Públicos e Audiências, Cibercultura e Género e Sexualidades: 17 de junho de 2021
A sessão contará com duas comunicações asseguradas por Daniel Cardoso (Investigador MSCFA) e António Baía Reis (Investigador no Centro de Investigação em Sistemas e Tecnologias da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), seguidas de debate.
Programa
14h – Boas vindas e apresentação (Maria José Brites e Marisa Torres da Silva)
14h10 - Diversidade relacional, diálogo digital: Um estudo de caso sobre comentários de reportagens online e incivilidade (Daniel Cardoso)
14h30 - Narrativas imersivas e mudança social: da máquina empática à geografia emocional (António Baía Reis)
14h50 - Espaço para debate
Resumos das comunicações
Diversidade relacional, diálogo digital: Um estudo de caso sobre comentários de reportagens online e incivilidade (Daniel Cardoso)
O jornalismo tem como preocupação central, na sua retórica pública, a defesa da Democracia, apenas possível na medida em que exista pluralidade de vozes e de representações. Nesse sentido, a criação de espaço de expressão para a diversidade é fundamental. A partir das
análises aos comentários no Facebook de uma Grande Reportagem SIC/Expresso via análise de conteúdo e análise de discurso, realizada por uma equipa de investigação portuguesa (Daniel Cardoso, Marisa Torres da Silva, Ana Rosa), esta apresentação procura focar o papel ambivalente das redes sociais na produção da manifestação de uma sociedade diversa, onde até a defesa da pluralidade contém, ou é retoricamente mobilizada como, discurso de ódio.
Narrativas imersivas e mudança social: da máquina empática à geografia emocional (AntónioBaía Reis)
Com o advento das narrativas imersivas, associadas a tecnologias tais como a realidade virtual, o vídeo 360 e a realidade aumentada, surge igualmente a ideia da “máquina empática” (Milk, 2015), isto é, a capacidade das narrativas imersivas criarem uma dinâmica emocional inovadora
entre o público e as histórias retratadas. Neste sentido, o conceito de empatia torna-se particularmente central no âmbito da reflexão das dimensões afetivas das narrativas imersivas e na capacidade destas se manifestarem no campo da mudança social. Partindo da análise de
resultados obtidos através da produção de cinco documentários em vídeo 360 (desenvolvidos entre 2018 e 2020) e da inscrição destes num enquadramento conceptual afeto aos media digitais e às ciências cognitivo-comportamentais, o objetivo fundamental deste trabalho é o de
apresentar e fomentar uma visão crítica acerca das dinâmicas teóricas e práticas emergentes associadas às narrativas imersivas, públicos, empatia e mudança social.
Encontros entre os GT de Públicos e Audiências, Cibercultura e Género e Sexualidades: 17 de junho de 2021
A sessão contará com duas comunicações asseguradas por Daniel Cardoso (Investigador MSCFA) e António Baía Reis (Investigador no Centro de Investigação em Sistemas e Tecnologias da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), seguidas de debate.
Programa
14h – Boas vindas e apresentação (Maria José Brites e Marisa Torres da Silva)
14h10 - Diversidade relacional, diálogo digital: Um estudo de caso sobre comentários de reportagens online e incivilidade (Daniel Cardoso)
14h30 - Narrativas imersivas e mudança social: da máquina empática à geografia emocional (António Baía Reis)
14h50 - Espaço para debate
Resumos das comunicações
Diversidade relacional, diálogo digital: Um estudo de caso sobre comentários de reportagens online e incivilidade (Daniel Cardoso)
O jornalismo tem como preocupação central, na sua retórica pública, a defesa da Democracia, apenas possível na medida em que exista pluralidade de vozes e de representações. Nesse sentido, a criação de espaço de expressão para a diversidade é fundamental. A partir das
análises aos comentários no Facebook de uma Grande Reportagem SIC/Expresso via análise de conteúdo e análise de discurso, realizada por uma equipa de investigação portuguesa (Daniel Cardoso, Marisa Torres da Silva, Ana Rosa), esta apresentação procura focar o papel ambivalente das redes sociais na produção da manifestação de uma sociedade diversa, onde até a defesa da pluralidade contém, ou é retoricamente mobilizada como, discurso de ódio.
Narrativas imersivas e mudança social: da máquina empática à geografia emocional (AntónioBaía Reis)
Com o advento das narrativas imersivas, associadas a tecnologias tais como a realidade virtual, o vídeo 360 e a realidade aumentada, surge igualmente a ideia da “máquina empática” (Milk, 2015), isto é, a capacidade das narrativas imersivas criarem uma dinâmica emocional inovadora
entre o público e as histórias retratadas. Neste sentido, o conceito de empatia torna-se particularmente central no âmbito da reflexão das dimensões afetivas das narrativas imersivas e na capacidade destas se manifestarem no campo da mudança social. Partindo da análise de
resultados obtidos através da produção de cinco documentários em vídeo 360 (desenvolvidos entre 2018 e 2020) e da inscrição destes num enquadramento conceptual afeto aos media digitais e às ciências cognitivo-comportamentais, o objetivo fundamental deste trabalho é o de
apresentar e fomentar uma visão crítica acerca das dinâmicas teóricas e práticas emergentes associadas às narrativas imersivas, públicos, empatia e mudança social.